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Archive for the ‘Exposições’ Category

Apresentando-se com uma mostra de exposições de teor menos disperso, ao contrário do que habitualmente se caracteriza, vai decorrer desde o dia 7 até ao dia 23 de Junho o Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja. Entre os vários autores presentes, no primeiro fim-de-semana, poderíamos destacar Tardi, Miguel Rocha, Gloria Ciapponi e Luca Conca além de Daniel Silvestre. Uma oportunidade também, durante os dias em que decorre este evento, para se assistir às propostas de novas edições, seguir visitas guiadas, workshops ou usufruir da presença do Mercado do Livro, onde estarão representadas várias editoras no campo da narrativa gráfica, nas quais se incluem as edições Quarto de Jade.

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De 9 de Setembro a 21 de Outubro estará patente na bedeteca de Beja a exposição Transparências, originais do livro «Área», recentemente publicado pela chancela editorial Quarto de Jade. Uma história, escrita e desenhada por Diniz Conefrey, que se passa no futuro mas onde se cruzam diversas narrativas, segundo uma montagem onde dialogam textos adaptados de outros livros, assimilados através do estilo e da expressão visual próprios do autor. A narrativa desenvolve-se entre o preto e branco e a cor, derivando como elementos diegéticos, além de realçar uma interligação de vários espaços temporais a decorrer num contínuo. Uma narrativa mais próxima de um fluxo generativo, abrindo possibilidades de ressonância e interpretação, tal como acontece na leitura de sequências abstractas mas, neste caso, através da modulação de imagens naturalistas. Uma abordagem poética evitando a cristalização simbólica, podendo gerar leituras que não sejam totalmente coincidentes — mas que se geram a partir de uma mesma tonalidade.

 

 

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CASA DA CERCA – ALMADA

Patente de 1 de Abril a 10 de Setembro, esta selecção de livros pode ser visitada na Sala de Leitura do Centro de Documentação e Investigação Mestre Rogério Ribeiro, na Casa da Cerca em Almada. Transcrevemos aqui o texto da Folha de Sala que acompanha esta mostra.

«A Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian iniciou a sua colecção de livros de artista na década de 1990. Em permanente crescimento, esta colecção conta actualmente com 2978 exemplares já referenciados no catálogo.

Nesta colecção, que inclui a chamada “edição independente” (por vezes a sua fronteira com o livro de artista é muito ténue), encontram-se tanto obras únicas como múltiplos, de formato e tamanho diversos: livros impressos em offset, impressão digital e caracteres móveis, e livros que são inteiramente produzidos manualmente ou nos quais o artista teve uma intervenção directa na sua impressão, com tiragens que tanto podem ser centenas de exemplares como de menos de uma dezena. As tiragens podem ainda ser especiais, acompanhados de desenhos e/ou pinturas originais, gravuras e/ou serigrafias. Existém também livros editados por pequenas editoras alternativas ao sistema comercial. Embora a colecção tenha um âmbito internacional, o maior número de exemplares é da autoria de artistas portugueses, ou estrangeiros residentes em Portugal, de gerações várias, e reflectem a criação artística nacional a partir da década de 1960.

Sendo parte significativa e vital da cena artística contemporânea, tem vindo a ganhar cada vez maior importância quer pelo formato, que permite abordagens plásticas mais livres e experimentais, quer por questões de acessibilidade, quer ainda porque oferecem uma experiência personalizada, permitindo formas diversas de leitura e fruição, experiências interactivas únicas, invulgares, multidimensionais e multissensoriais. Não são objectos passivos – requerem um envolvimento directo de quem os manuseia.

Os livros de artista envolvem frequentemente investigação em múltiplas áreas, sendo utilizados pelos artistas como campo exploratório de novas formas e de expansão dos limites do seu trabalho, reflectindo perspectivas diferenciadas na sua criação. Estes livros não são limitados pelos formatos editoriais tradicionais. Como resultado, os artistas podem experimentar livremente diferentes formas, estilos, técnicas, materiais. Entra aqui uma dimensão profundamente política de questionar o mercado da arte, as práticas institucionais e o próprio sistema de edição comercial.

Estas obras transcedem os limites da arte: esbatem as linhas entre as artes visuais e a literatura, e representam uma fascinante intersecção entre arte e edição. Combinam texto e imagem, proporcionando uma nova forma de experimentar a narrativa e o próprio objecto livro.»

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Fotografia: Museu Bordalo Pinheiro

Agradecemos a todos os que estiveram presentes, assim como aqueles que, sabendo do evento, não puderam comparecer. Seja por razões de ordem particular ou por quaisquer outras. Na passada sexta feira, com a participação do escritor Alexandre Sarrazola, confluimos pelo diálogo em torno das edições Quarto de Jade, no Museu Bordalo Pinheiro, onde estamos a expor livros e originais até dia 7 de Janeiro.

Assumimos, nestes dez anos, os livros que fazemos como entidades organicamente coerentes ao se apresentarem na sua individualidade, aparentando-se não como sucedâneos mas vozes de um corpo comum. Um pouco como uma pequena floresta que se vai ordenando pelas suas características naturais, encontrando o seu equilíbrio. Por isso nunca partimos de uma estratégia editorial à priori ou de um modelo gráfico uniformizado. Para nós, cada livro obedece ao ritmo das suas particularidades temporais e processuais, para finalmente amadurecer e tomar forma ficando disponível aos seus leitores.

Ao longo deste tempo podemos reconhecer duas vertentes nos livros que publicamos: O livro como objecto e a narrativa gráfica como ensaio. Naturalmente, um livro por si só já é um objecto. No entanto, estes tomam uma forma particular no caso dos exemplares de Maria João Worm: nos três primeiros livros é pedido ao leitor que não se limite a ler mas que intervenha no livro gestualmente, abrindo-o, por exemplo, num desdobrável de folha única; noutro caso, em harmónio também podendo ser folheado ou o convite de transformar a publicação através de recorte, para dar forma a quatro cubos que se desdobram por três imagens, acompanhando o ritmo de um pequeno poema. Nos restantes, mesmo no caso da forma regular das páginas que se folheiam, os livros desta autora têm sempre uma intervenção original ou particular. Tanto no manuseamento táctil através da colagem de estampas, bem como por intervenções directas de monotipias ou pequenas ilustrações particularizando cada exemplar, dentro da tiragem dessa edição.

Fotografia: José Frade/EGEAC

Dentro desta linha, na qual cada livro que fazemos e publicamos tem a sua individualidade própria, o trabalho de Diniz Conefrey apresenta-se com frequência no campo da narrativa gráfica. Correntemente denominada por banda desenhada, desde sempre tivemos a impressão que esta linguagem pode ser tudo o que fizermos dela. Até porque a sua riqueza reside na circunstância de se tratar de uma forma de arte híbrida – balanceando entre os princípios da narrativa escrita e da narração visual – surgindo aos leitores com mais enfâse na simbiose entre ambas mas tendo como possibilidade linguística abordagens de maior ambiguidade estética.

Nesse sentido, procuramos na narratividade um contraponto ao modelo mais corrente, sujeito à “tirania da intriga”, ligado a uma estrutura próxima do romance: há um equilíbrio inicial, um incidente incitante que rompe esse equilíbrio, um conflito e, no final, o retomar de um novo equilíbrio. Se tivermos em conta que no universo musical, por exemplo no jazz moderno, um tema tem as suas ressonâncias próprias mesmo que não inclua “letras”, então, mesmo imagens que não sejam figurativas desencadeando uma dramaturgia sequencial poderão estar a confluir para uma diegese cuja matiz se desenvolve noutro campo mais próximo a uma meta-linguagem. Daí o interesse no abstraccionismo, enquanto expressão concreta de modulação narrativa, ou o diálogo desta com a figuração naturalista. Podendo apresentar-se, também, em complementariedade com a palavra escrita – ou não. Estas zonas levantam, quanto a nós, aspectos inerentes à narrativa gráfica mais próximas das nuances intimistas e temporais presentes em poemas que, ao não contar, se desenrolam como uma espiral em suspensão. Nesse sentido poderíamos dizer que um poema é uma imagem que fala, e uma imagem um poema silencioso.

Para nós um livro é uma expansão delicada, reflectindo um olhar de vivência por horas de trabalho solitário para finalmente tocar, através da partilha, quem o queira receber num espaço de encontro comum.

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A exposição que vamos apresentar no Museu Bordalo Pinheiro, com início a 13 de Outubro de 2021, insere-se no âmbito comemorativo dos dez anos de existência do selo editorial Quarto de Jade, complementando a exibição Entre Mundos, que decorreu entre Maio e Junho na Livraria-Galeria Tinta nos Nervos.

Se na primeira mostra, desta colaboração entre a Livraria e o Museu, a incidência foi no trabalho gráfico individual dos autores Maria João Worm e Diniz Conefrey, agora a exposição Ouvido Interno – orgão do qual resulta o logótipo da Quarto de Jade – circunscreve-se exclusivamente a originais ou livros que foram publicados na chancela editorial que ambos partilham.

Ficam desde já convidados a visitarem esta resenha da nossa deriva editorial. Em complemento, disponibilizamos o link para a exposição A Flor da Pele no nosso site: http://www.quartodejade.com/gallery_exhibitions.php?id_authors=1

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Por ocasião do 10º aniversário da existência do Quarto de Jade, selo editorial dos autores Maria João Worm e Diniz Conefrey, a Livraria/Galeria Tinta nos Nervos apresenta a exposição «Entre Mundos», de dia 25 de Maio a 6 de Junho, em cooperação com o Museu Bordalo Pinheiro/EGEAC.

Esta será uma selecção judiciosa de trabalhos éditos e inéditos de ambos os autores, que se têm desdobrado nas áreas das artes visuais, banda desenhada, ilustração, e as artes dos múltiplos, por vezes  em colaboração directa, ainda que as afinidades se façam sentir através das obras mono-autorais da sua chancela editorial. Encontraremos um conjunto de quase duas dezenas de imagens nas mais díspares valências, empregando técnicas mistas onde se cruzam materiais  e suportes, alguns usuais, outros incomuns; intervenções e colagens além de originais em gravura. Oscilando entre o figurativo e o abstracto, o icónico e o poético, o narrativo e o ambíguo, há aqui uma verdadeira constelação cujos extremos poderão dar a ideia de mundos distintos, mas que se ligam por elos subtis.

A cooperação com o Museu Bordalo Pinheiro/EGEAC consubstanciar-se-á numa segunda exposição naquela instituição, com trabalhos diferentes, dos autores, em data a anunciar.

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A consciência do tempo levou-me ao cinema de animação na Escola António Arroio, um gosto  pela sequencialidade, a rima, ouvir e contar histórias,tendência para me encantar com frisos de iluminuras ou letras capitulares.
Depois fiz um curso técnico/profissional de cerâmica: um reencontro com a consequência táctil do gesto e subsequente afinidade com unhas sujas. De escultura no Porto transferi-me para pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa: a questão da luz e a conversa das cores.
Colaborei em revistas, livros e jornais, publicando ilustrações e narrativas gráficas. Tenho usado a técnica da linogravura, para mim é um encontro feliz entre escultura e pintura, nela se acresce o reflexo enquanto poesia aplicada. Das exposições de pintura e gravura destaco A colecção particular  “A” em 2006 na galeria Monumental e a A Fonte das Palavras em 2013 na Casa das Histórias Paula Rego. Em 2011 recebi o Prémio Nacional de Ilustração, com o livro Os Animais Domésticos, edições Quarto de Jade. Foi muito importante para mim ter dado aulas, pela reciprocidade que um espaço de ensaio permite quando se procura a afinação de cada um consigo próprio, para comunicar com os outros.

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A livraria Mundo Fantasma abre portas dia 4 de Maio, das 10h00 às 20h00, para mais um Free Comic Book Day, celebrado por todo o mundo no primeiro Sábado de Maio. À iniciativa acrescem outras dinâmicas, organizadas pelo atelier 3|3 e pela livraria, tais como a realização de um Mercado de Edições, dando realce a diversos géneros de edição de autor; a exposição Histórias Gravadas, com pranchas das edições Quarto de Jade (Maria João Worm e Diniz Conefrey); e o lançamento do disco Vida Nova de Manuel Cruz, o segundo álbum editado pela independente Turbina. Haverá ainda lugar para a experimentação de técnicas de carimbagem para um fanzine, numa banca montada para esse efeito. Também haverá oportunidade para aquisição dos últmos exemplares do “Diário Rasgado 2007-2012” de Marco Mendes, com a presença do autor.

A Exposição Histórias Gravadas, inaugura nesse dia com a presença dos autores Maria João Worm e Diniz Conefrey.
A Quarto de Jade ganhou forma com a edição do livro Os Animais Domésticos, em 2011, logo após a edição de Electrodomésticos Classificados. A sua linha editorial deriva da articulação entre a palavra e a imagem emergindo de um sentido poético. Nesta exposição destacam-se desenhos preparatórios, matrizes, tanto em linóleo como em madeira, e provas de estado, referentes ao último livro por nós publicado: Planície Pintada. Também se apresentam uma série de gravuras desafiando a que se pense sobre o que seres sencientes poderão, eventualmente, sentir Nas Lojas que Vendem Animais. Esta exposição estará patente até ao final do mês de Junho.

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Nos próximos dias 14, 15 e 16 de Setembro o Festival de Banda Desenhada de Bruxelas acolherá a exposição “Bande Dessinée Portugaise – 22 Auteurs Contemporains”, organizada pela Embaixada de Portugal em Bruxelas, pelo Instituto Camões de Bruxelas e pelo Município de Beja/Bedeteca de Beja.

Estaremos incluidos nesta apresentação, que é uma visão necessariamente estreita, já que representa uma pequena parte do movimento artístico português nesta área (pranchas de 22 dos mais de 200 autores de banda desenhada a trabalhar regularmente no nosso país).

Também estarão presentes várias editoras portuguesas, como a Quarto de Jade ou a Pianola Editores. Deixamos aqui o nosso contínuo agradecimento ao Paulo Monteiro e o link do Festival:www.fetedelabd.be.

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Inaugura no dia 25, sexta-feira, às 21h00, na Casa da Cultura, o Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja que se realiza entre os dias 25 de Maio e 10 de Junho do ano corrente. Uma boa parte das exposições estarão patentes no Centro Unesco, no Forno da Ti Bia Gadelha, na Galeria da Rua dos Infantes, no Museu Regional de Beja, no Núcleo Museológico da Rua do Sembrano, no Palacete Vilhena – Sede do EMAS, e no Pax Julia – Teatro Municipal. São 8 os núcleos expositivos e 21 as exposições, com autores de muitas partes do Mundo: Brasil, Espanha, França, Itália, Portugal e Suécia. O Festival oferece ainda aos visitantes uma Programação Paralela bastante diversificada: apresentação de projetos, conversas à volta da narrativa gráfica, lançamento de livros – este ano serão 16 -, sessões de autógrafos, concertos desenhados. Terá também à disposição de todos o Mercado do Livro, com mais de 60 editores presentes e venda de arte original. O primeiro fim-de-semana (25, 26 e 27 de Maio) reunirá os autores representados nas exposições.

Para mais informações consultar: http://www.festivalbdbeja.com/

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