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Posts Tagged ‘Livros’

Apresentando-se com uma mostra de exposições de teor menos disperso, ao contrário do que habitualmente se caracteriza, vai decorrer desde o dia 7 até ao dia 23 de Junho o Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja. Entre os vários autores presentes, no primeiro fim-de-semana, poderíamos destacar Tardi, Miguel Rocha, Gloria Ciapponi e Luca Conca além de Daniel Silvestre. Uma oportunidade também, durante os dias em que decorre este evento, para se assistir às propostas de novas edições, seguir visitas guiadas, workshops ou usufruir da presença do Mercado do Livro, onde estarão representadas várias editoras no campo da narrativa gráfica, nas quais se incluem as edições Quarto de Jade.

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LIVROS AO NORTE

Fotografia Timeout © DR

Depois de uma longa hibernação, volta a reabrir a bedeteca do Porto, agora com a Turbina Associação Cultural e a Livraria Galeria Mundo Fantasma como entidades responsáveis. De um espaço físico a um site: https://bdportuguesa.com/ – a vontade de chegar a um público vasto e diversificado.

Ambos os sítios assumem uma vertente dinamizadora, em torno da difusão, da leitura e da relevância cultural que se pode encontrar no universo da narrativa gráfica. A direcção da bedeteca é constituída por José Rui Fernandes, Júlio Moreira e Pedro Petracchi. Quanto ao site, em permanente construção, tem o seu enfoque na banda desenhada portuguesa a partir de 1972, apresentando-se como uma cronologia relativa aos autores e edições contemporâneas.

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A apresentação do livro em banda desenhada «Zeca Afonso – A balada do desterro», com texto de Teresa Moure e desenhos de Maria João Worm, vai ter lugar no dia 2 de Agosto às 18.00h na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo.
Entre palavras e silhuetas, ambas autoras tecem uma rede para sustentar um Zeca mais íntimo do que habitualmente temos presente. Antes de se tornar o cantor que deu voz à revolução dos cravos, o Zeca também foi uma criança vulnerável que cresceu em terras africanas. Mais tarde, num concerto na Galiza, partilha com a sua amiga Begónia Moa algumas das suas preocupações mais intimistas. Livro de 194 páginas, capa dura em formato de romance gráfico. Uma coedição de Acentral Folque, da Galiza, e Tradisom, de Portugal.
Exemplares disponíveis em tradisom.com.

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«O Mundo Circular de Marina é um desafio, quer para os leitores mais novos, a quem aparentemente se dirige, quer para os mais experimentados. Ser desafio não é coisa má, entenda-se. Com texto de Cristina Guillermo, ilustrações de Diniz Conefrey e paginação de Maria João Worm, o mais recente livro do catálogo do Quarto de Jade pede atenção aos detalhes, mas sobretudo à estrutura. A história acompanha os pensamentos de uma rapariga, Marina, e as descobertas que vai fazendo sobre a vida – a sua e a de tudo quanto a rodeia – através da observação do mundo. Também ela se foca nos detalhes, deixando o pensamento abrir a visão: «Ela sabe que tudo se move; mesmo quando pensa, quieta na sua cadeira, ela desloca-se na perpétua dança do planeta. Mas disso não sabe o seu pequeno irmão, que corre por toda a casa.» Esta dança do planeta que se conta em palavras tem o seu contraponto nas imagens criadas por Conefrey, onde se reconhecem iconografias indígenas de certas geografias, particularmente as americanas, e por onde desfila a constante renovação da natureza, esboços de cosmogonias, uma hipótese de junção entre olhar e sonho. Com o livro a estruturar-se verticalmente, obrigando à rotação das páginas e do seu sentido habitual de leitura, texto e imagens vão-se lendo de cima para baixo, convidado à formação de uma sequência que imaginamos contínua, como se todo o livro fosse uma tira vertical onde a história vai sendo contada. Seguindo as reflexões de Marina, é bem possível que essa tira passe de vertical a infinita, o seu suposto fim a tocar no início e a retomar a narrativa, acrescentando novos detalhes a cada visita do olhar».

Sara Figueiredo Costa
(20 Abril 2023)

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CASA DA CERCA – ALMADA

Patente de 1 de Abril a 10 de Setembro, esta selecção de livros pode ser visitada na Sala de Leitura do Centro de Documentação e Investigação Mestre Rogério Ribeiro, na Casa da Cerca em Almada. Transcrevemos aqui o texto da Folha de Sala que acompanha esta mostra.

«A Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian iniciou a sua colecção de livros de artista na década de 1990. Em permanente crescimento, esta colecção conta actualmente com 2978 exemplares já referenciados no catálogo.

Nesta colecção, que inclui a chamada “edição independente” (por vezes a sua fronteira com o livro de artista é muito ténue), encontram-se tanto obras únicas como múltiplos, de formato e tamanho diversos: livros impressos em offset, impressão digital e caracteres móveis, e livros que são inteiramente produzidos manualmente ou nos quais o artista teve uma intervenção directa na sua impressão, com tiragens que tanto podem ser centenas de exemplares como de menos de uma dezena. As tiragens podem ainda ser especiais, acompanhados de desenhos e/ou pinturas originais, gravuras e/ou serigrafias. Existém também livros editados por pequenas editoras alternativas ao sistema comercial. Embora a colecção tenha um âmbito internacional, o maior número de exemplares é da autoria de artistas portugueses, ou estrangeiros residentes em Portugal, de gerações várias, e reflectem a criação artística nacional a partir da década de 1960.

Sendo parte significativa e vital da cena artística contemporânea, tem vindo a ganhar cada vez maior importância quer pelo formato, que permite abordagens plásticas mais livres e experimentais, quer por questões de acessibilidade, quer ainda porque oferecem uma experiência personalizada, permitindo formas diversas de leitura e fruição, experiências interactivas únicas, invulgares, multidimensionais e multissensoriais. Não são objectos passivos – requerem um envolvimento directo de quem os manuseia.

Os livros de artista envolvem frequentemente investigação em múltiplas áreas, sendo utilizados pelos artistas como campo exploratório de novas formas e de expansão dos limites do seu trabalho, reflectindo perspectivas diferenciadas na sua criação. Estes livros não são limitados pelos formatos editoriais tradicionais. Como resultado, os artistas podem experimentar livremente diferentes formas, estilos, técnicas, materiais. Entra aqui uma dimensão profundamente política de questionar o mercado da arte, as práticas institucionais e o próprio sistema de edição comercial.

Estas obras transcedem os limites da arte: esbatem as linhas entre as artes visuais e a literatura, e representam uma fascinante intersecção entre arte e edição. Combinam texto e imagem, proporcionando uma nova forma de experimentar a narrativa e o próprio objecto livro.»

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Sendo a décima sexta publicação efectuada pelas edições Quarto de Jade, este livro cruza-se no tempo com outro título desta chancela, nomeadamente aquando do desenvolvimento do livro Nagual que viu a sua génese na Cidade do México em 2007. Nessa altura, Diniz Conefrey conheceu a escritora e poeta Cristina Guillermo tendo esta partilhado com ele alguns dos seus contos para os mais novos. Destes contos, destacou-se particularmente O mundo circular de Marina como um projecto a ter a sua concretização em forma de livro ilustrado. Mais tarde, em Lisboa, o ilustrador sugeriu a Maria João Worm que delineasse uma paginação de base, que tivesse um carácter compositivo, sobre a qual as imagens deste livro fossem realizadas. Desta forma surgiram as ilustrações, cujas pranchas originais tiveram a sua conclusão no México D.F., entre 2014 e 2015, no âmbito de uma bolsa concedida pela Secretaria de Relações Exteriores do Estado Mexicano.

O mundo circular de Marina apresenta a narrativa de uma menina que tenta compreender a perpetuidade do mundo através de uma espiral onde nada se detém. O pensamento de Marina e das crianças, antes de criarem raízes socioculturais, não tem localidade. Tendo em conta este sentir, no qual a afinidade se conjuga naturalmente, sem constrangimentos, ligámos geografias. Demos espaço ao tempo para ser possível o encontro entre passado e presente. Nesse sentido, a linha gráfica das ilustrações complementam o texto através da escolha de uma linguagem visual sem carácter descritivo. Foi encontrada essa expressão através dos códigos e composições visuais de etnias indígenas – tanto da arte do passado como de artistas do presente – características da costa do Pacífico, no actual estado de Washington, dos Estados Unidos da América.

Encostando o ouvido, há quem ouça o mar dentro de um búzio. Essa casca – casa espiralada – teve um molusco que a habitou. Desapareceu mas o espaço onde existiu mantem-se. Haverá outro ser que indique, de um modo tão claro, uma permanência de parte de si numa forma propícia a um espaço aberto à revisitação?

Este livro, numa tiragem de 60 exemplares numerados, está disponível na Loja Quarto de Jade: http://www.quartodejade.com/shop_books.php

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Um livro é uma expansão delicada, reflectindo uma vivência para tocar quem o queira receber num espaço de encontro comum. Além do nosso site, os livros mais recentes que editamos podem ser encontrados nas seguintes livrarias:

Almedina – Lisboa e Coimbra

Baobá – Lisboa

BD Mania – Lisboa

Centésima Página – Braga

Dr Kartoon – Coimbra

Fnac – Várias

Kingpin Books – Lisboa

Ler Devagar – Lisboa

Stet – Lisboa

Tinta nos Nervos – Lisboa


					

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A memória como contratempo exercido para que se fixe o que em si, naturalmente, segue em fluxo contínuo. A humanidade consegue fixar, registar. Escreve, faz incisões de gestos e atém. Prende ou, se quisermos, sustém. Julgo que o faz por contraponto ao volátil, tem medo do esquecimento, da morte. Usa as palavras que conjugam as pessoas num lugar de encontro partilhável. Entendível, desincriptável. Criou um modo de dizer que nomeia e, esperançosamente, o faz para que se entenda o propósito do inexplicável. Pode fazê-lo segundo uma tradição oral, ou fixar por inscrição: para ser lida. Duas formas de permanecer no espaço da memória.

Um livro é antes de mais um registo. Um pensamento que, ao apresentar-se para ser lido, supera a ideia de perda através da fixação. Nada garante que quem chega leia do mesmo modo como foi escrito, mas terá decerto uma leitura acertada com cada indivíduo, na sua intimidade. São de imensa acumulação os texto escritos. São demasiados e contudo belos nisso de serem vozes únicas de cada vez que se apresentam.

No caso da oralidade, que passa de uns para outros, fica sujeita a uma escolha e à delimitação do corpo que recebe a informação. Para mim fica mais leve e contemporâneo o que é dito. Será o testemunho do corpo em vida que o saberá fazer, ajustando-o à sua existência em continuação. Um upgrade vivêncial. Tarkovsky disse que os seus filmes seriam feitos apenas por estar em desequilíbrio com a vida, de outro modo a Arte não seria necessária.

Sugiro a leitura do livro «O Homem Livre» de Filipe Verde (Angelus Novus, Editora. Coimbra, 2008). Nele encontrei apoio no que tenho vindo a considerar como importante para sustentar a vida no meio de tantas vozes. Este livro aproxima-se dos Bororo e de como uma comunidade dita “simples” lida com a dualidade. Perante a anarquia da Natureza, onde também os seres humanos estão inseridos, através do corpo compulsivo que corresponde aos apelos da força natural e, ao mesmo tempo, a presença dos aroe: os espíritos que estão abertos à possibilidade de se pensar.

Participando o ser humano nestas duas vivências em simultâneo e interagindo entre elas, cabe-lhe um equilíbrio que decorre de regras segundo uma ética que faz juz à palavra. A palavra aparece como definidora de princípios éticos, que sustentam caudais de comportamento humano equilibrado.

 

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Foi com agrado que lemos na mais recente edição do JL, de 16 a 29 Novembro, uma recensão de João Ramalho Santos sobre o livro «Área», de Diniz Conefrey, da qual deixamos uma breve passagem:
«Com a sua tiragem microscópica e detalhado trabalho editorial, este é uma impressionante obra de autor, que, no entanto, nada tem do tom de satisfação autorreferencial que essa designação tende a implicar. «Área» é um livro multifacetado, cujos vários universos se metamorfoseiam, cujas camadas se vão revelando e interpenetrando em múltiplas leituras…»

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No fim-de-semana de 15 e 16 de outubro, entre as 11h00 e as 18h00, o Museu Bordalo Pinheiro recebe mais uma edição do Mercado de Ilustração e BD, que desta vez reúne cerca de vinte expositores, realiza vários lançamentos e conversas, organiza oficinas de ilustração e BD para todas as idades e apresenta ainda uma pequena mostra de filmes de animação.

Participantes: AguçaAvesso & TRavessoChili Com Carne • Revista dose • Ediciones Modernas El EmbudoErva Daninha Press (sábado) • Estúdio BulhufasFiascoGalhoIt’s a Book (domingo) • La LecheLegendary BooksMAGO studio • Massacre (sábado) • Oficina LobaPprviewPIM ediçõesPlaneta TangerinaPonto de FugaQuarto de JadeStolen BooksTASCO/Vicara Design • The Lisbon StudioEditorial Project (VIRA)

PROGRAMA

Sábado, 15 OUT
11h00: Workshop de BD com Filipe Abranches, à volta do imaginário de Bordalo Pinheiro
15h00: Workshop de Cartazes Ilustrados com Mantraste15h00: Apresentação da Coleção e Biblioteca Online do Museu Bordalo Pinheiro
16h00: Lançamento da revista finlandesa Kutikuti (nº 65, edição especial dedicada à BD portuguesa contemporânea)
16h30: Oficina de ilustração “Envio postal”, com Inês Viegas Oliveira
17h00: Conversa com Pedro Vieira de Moura e Marcos Farrajota

Domingo, 16 OUT
11h00: Oficina “Livro Mutante”, com Carolina Celas
15h00: Conversa “Área – Raízes e sinapses”, com Diniz Conefrey e Maria João Worm (Quarto de Jade)
16h00: Mostra de Curtas de Animação (com filmes de André Ruivo, Catarina Sobral e Henrique de Abreu Gouveia)
17h00: Apresentação sobre as Ediciones Modernas El Embudo, com Gustavo Puerta Leisse
ENTRADA GRATUITA

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